Planejamento Sucessório é mais sobre a vida do que sobre a morte.
Quando se fala sobre planejamento sucessório, pensa-se automaticamente em morte. E por mais que a morte seja a única certeza em nossas vidas, esse tema sempre causa uma repulsa instantânea nas pessoas. Na verdade, poucas são as pessoas que conseguem falar de forma natural sobre a finitude da vida.
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Ter a consciência de que seus dias aqui nesse plano são finitos dá uma enorme vantagem àqueles que encaram o tema com maior naturalidade. Saber que os nossos dias aqui estão contados, nos faz rever prioridades e fazer melhores escolhas no curso de nossa vida. Com a clareza de que o fim da vida fica mais próximo a cada segundo que passa, conseguimos aproveitar melhor o tempo que temos aqui, desfrutar e fortalecer as relações e vínculos com aqueles que nos são mais valiosos.
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A verdade é que não sabemos quanto tempo nos resta.
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Por isso que acredito que o planejamento sucessório é muito mais sobre vida do que sobre morte.
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É a forma designar funções àqueles que você mais confia, de distribuir o seu patrimônio da forma que mais lhe parece adequada, dentro dos limites legais e de acordo com a sua vontade, é a forma de prevenir brigas e litígios sobre sua herança, reduzir gastos, especialmente com impostos, e tornar o processo de sua sucessão mais célere, mais simples e menos doloroso para os seus sucessores. Em alguns casos, é a oportunidade de tentar se redimir de ausências, erros, injustiças cometidas por você ao longo de sua vida. Pode ser uma forma de pedir perdão, de reconhecer um sentimento que em vida, não foi possível fazer. É certamente uma forma de expressar sentimentos e impactar diretamente a VIDA dos que aqui ficarão.
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Se passarmos a olhar o planejamento sucessório sob o prisma da VIDA, e não da MORTE, talvez tenhamos mais chances de avançar nesse campo, ainda tão pouco explorado pela sociedade de uma forma geral. É certo que esse tema exige um certo grau de maturidade emocional, mas essa maturidade fica mais difícil de ser alcançada quando o assunto vira tabu e não é falado.
Falar sobre planejamento sucessório não atrai a morte. Não é assunto apenas de ricos, ou de velhos. É assunto de quem ama a vida e ama os seus e, que deve ser encarado de frente, com a maior naturalidade possível. É também um tema dinâmico, que deve ser revisitado sempre que suas relações familiares e pessoais ou o seu patrimônio sofrerem alterações significativas.
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Aqueles que têm a coragem de encarar o assunto e agir de forma preventiva, se utilizando dos mais diversos instrumentos de planejamento sucessório disponíveis atualmente, são normalmente invadidos por uma sensação de paz, que decorre da tranquilidade de quem fez o que podia para proporcionar uma vida mais segura aos seus sucessores, tanto do ponto de vista emocional quanto patrimonial.
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Em contraposição, temos os que se negam a encarar o tema e deixam o assunto para depois. O resultado desse tipo de conduta normalmente traz apenas mais dor, insegurança e despesa às famílias. Muitas são as famílias que saem fragmentadas de um processo de inventário. Nesses casos, não se tem apenas a morte do ente querido, tem-se a morte da família.
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O intuito desse texto é provocar em você que leu até aqui, uma reflexão sincera e madura sobre o tema. Se você quer privilegiar a vida, as relações pessoais e patrimoniais de sua família, você certamente concluirá que sim, planejamento sucessório é para você!
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